segunda-feira, dezembro 31, 2007
quinta-feira, dezembro 20, 2007
A pessoa M. e a pessoa Z.
E desligaram os telefones... Que dizer disto???
terça-feira, dezembro 18, 2007
O grupo é bastante heterogéneo, e eu, só para não variar, sou a mais nova. Já sou apelidada de “Benjamim” e de “Mascote” do grupo. Só não me pareceu bem a ideia de um dos “sénior” de me praxar, por ser a mais nova. Afinal, ali, somos todos “caloiros”.
Mas o melhor do dia estava para chegar perto da hora de almoço. Fiquei feliz. Não estava à espera de qualquer um dos convites, e a surpresa aqueceu-me a alma e aconchegou-me o coração. Pelo menos nas horas que se seguiram.
O pensamento era só um: “Vamos passar o fim do ano juntos.”!
Mas depois, a pouco e pouco, chegou o medo. Aquele que se sente perante o desconhecido. Aquele que se sente perante aquilo com que não se sabe lidar. Aquele que, acima de tudo, é originado por uma escolha feita muito tempo antes dos motivos deste medo terem surgido.
A verdade é só uma: tenho a cabeça feita num molho de brócolos. Já não sei o que pensar. Não sei o que sinto. O passado recente deixou marcas bem mais profundas do que eu pensava e, às vezes, quando acontecem coisas que não deviam acontecer, mesmo sabendo eu que todas elas são involuntárias e meras consequências da realidade envolvente, ainda dói. E eu ainda tenho muito medo…
segunda-feira, dezembro 10, 2007
"VIVER"
domingo, dezembro 02, 2007
O "Spazio", as palvras, e nós...
Nunca antes havia partilhado “aquele” espaço, o meu, o nosso, "Spazio", “aquela” mesa, a mesa dos segredos, daquela forma. A escolha do local pareceu-me natural, a escolha da mesa também.
Olhou-me com ar meio desconfiado quando lhe pedi que me deixasse apenas ver uma coisa. Quando nos sentámos, disse-lhe que era a minha mesa preferida. Não lhe disse que era “a mesa dos segredos” (uma das duas), porque isso é segredo.
Falámos muito, como sempre. As palavras e os assuntos parecem não faltar.
Estava ansiosa pelo que já se sabe, e quando me perguntou como estava em relação a isso lhe escondi a minha ansiedade. Disse-me, com a mesma naturalidade de sempre, que era uma questão de dias, e que não tinha com o que me preocupar. Quis tanto acreditar… Ainda quero, mas só quando tudo estiver resolvido é que serei capaz de respirar fundo.
Percebi-o agitado e inquieto. “Desculpa, eu sei que estou um bocadinho acelerado.”, disse-me antes de mudar o tema de conversa para mim. E fartou-se de fazer perguntas.
Os scones estavam fabulosos, como sempre. O chá branco serviu para aquecer-nos o corpo, porque o frio que se fazia sentir lá fora era mais do que muito. E a conversa, essa teve um efeito que ainda estou a tentar perceber.
As minhas razões para ficar preocupada confirmaram-se entre o dia seguinte e ontem, mas hoje de manhã já me dizia que não me preocupasse, porque apesar de estar receoso também estava confiante. Não acreditei muito e, há pouco, quando escutei a sua voz ao telefone não sei se acreditei naquela segurança toda que me quis fazer crer que sentia. Tem receio. É normal. É o fechar de um círculo no qual investiu muito. E o medo de falhar é sinal da responsabilidade que carrega aos ombros.
Na noite do teatro, quando nos despedimos, achei que estas duas semanas iriam ser complicadas de passar. E, apesar da primeira ter sido mais fácil de levar do que a segunda, a verdade é que hoje, depois de desligarmos o telefone, percebi que a parte difícil vai começar depois de amanhã. E agora quem tem medo sou eu…
O que é que eu faço???
quarta-feira, novembro 28, 2007
sábado, novembro 24, 2007
A Página...
1. Pegue no livro mais próximo, com mais de 161 páginas – implica aleatoriedade, não tente escolher o livro;
2. Abra o livro na página 161;
3. Na referida página procurar a 5ª frase completa;
4. Transcreva na íntegra para o seu blogue a frase encontrada;
5. Aumentar, de forma exponencial, a improdutividade, fazendo passar o desafio a mais 5 bloggers à escolha.
"Aquele «Gilberte» fora pronunciado, ou antes, gritado, com uma boa intenção que me diziarespeito, mas pelo erguer dos ombros de Gilberte ao mesmo tempo que despia os seus abafos compreendi que a mãe havia involuntariamente acelerado a evolução, que porventura até aí seria ainda possível deter, que a pouco e pouco afastava de mim a minha amiga."
In, "Em Busca do Tempo Perdido, Volume II – À Sombra das Raparigas em Flôr", Marcel Proust
segunda-feira, novembro 19, 2007
"Cúmplices"
"Cúmplices"
"A noite vem às vezes tão perdida
E quase nada parece bater certo
Há qualquer coisa em nós inquieta e ferida
E tudo que era fundo fica perto
Nem sempre o chão da alma é seguro
Nem sempre o tempo cura qualquer dor
E o sabor a fim da mar que vem do escuro
É tantas vezes o que resta do calor
Se fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Trocamos as palavras mais escondidas
Que só a noite arranca sem doer
Seremos cúmplices o resto da vida
Ou talvez só até amanhecer
Fica tão fácil entregar a alma
A quem nos traga um sopro do deserto
Olhar onde a distância nunca acalma
Esperando o que vier de peito aberto
Se fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho
Se fosse a tua pele
Se tu fosses o meu caminho
Se nenhum de nós se sentisse nunca sozinho"
(Mafalda Veiga)
Simplesmente, porque eu gosto...
domingo, novembro 18, 2007
quarta-feira, novembro 14, 2007
Ai ando, ando (ou post descaradamente usurpado ao Lost)
Ando a cantarolar: "Gente Perdida” – Mafalda Veiga (faz todo o sentido)
Ando a ler: “Crime e Castigo”, e estou à espera da tradução do Harry Potter que chega já depois de amanhã (sim, sim, eu sei que já li a versão original, mas eu sou assim…)
Ando a ver: A segunda temporada do “Heroes” e a “Bionic Woman”. E é muitooooo bom!!!
Ando a pensar: Nas férias que estão quase, quase, quase, a chegar (apesar de ainda faltar um mês).
Ando a sentir: Uma vontade imensa de ir jantar ao PSI… ;-)
Ando a sentir-me: De bem com a vida. :-)
Ando à procura: Do que ainda não encontrei…
Ando à espera: De um doce da casa feito pela Maggie (toma…).
Ando a perceber: Que a vida nunca é o que esperamos que ela seja, e que, ainda assim, pode fazer-nos muito bem…
Ando a lembrar-me: Do sábado na Aroeira e da conversa pela noite dentro…
Ando a esquecer-me: Ir tirar o passaporte… Ou a fingir que me esqueço…
Ando a adiar: Nada… Eu não adio nadinha de nada… (Está a ouvir, menina Maggie???)
Ando a antecipar: Nada… Como diz o Lost, é impossível antecipar o que quer que seja!!!
Ando a evitar: Ter uma conversa séria e necessária com uma amiga.
Ando a reparar: Que ando muito distraída… LOL
Ando a estranhar: A boa disposição da Sara…
Ando a sonhar: Isso agora já é querer saber tanto como eu…
Ando a fugir: De nada… Eu também não fujo de nada… ;-)
Ando atrás: De um sonho. E estou quase, quase, a chegar lá!
Ando a correr: Qual quê? Eu gosto mais de caminhar.
domingo, novembro 11, 2007
Momentos a repetir
No meio de tanta conversa e de tantas ideias trocadas, uma suspeita começa a assumir contornos de certeza. E a ideia do jantar a seis começa a ganhar alguma consistência. A ver vamos.
Depois da “happy hour” feminina, nada melhor do que um jantar numa das melhores companhias dos últimos dois meses. Fiquei fã dos sabores mexicanos e até aquele travo picante das “Enchiladas” soube muito bem. Valeram-nos, ainda, as “margueritas”, os sorrisos, as gargalhadas, as pequenas coisas partilhadas, o passeio pelas ruas de Lisboa já a noite ia alta, e tudo o resto que não se diz por palavras (ou não se entende, já nem sei…).
Sem dúvida alguma, momentos a repetir. (sim, sim, convosco também, minhas queridas!!!)
quarta-feira, novembro 07, 2007
Só para Ti...
sexta-feira, novembro 02, 2007
Mundos...
domingo, outubro 28, 2007
A semana foi de grandes mudanças. A saída dos rapazes e da S. lá do escritório deixou-me triste e desanimada. E quando parecia que tudo ia voltar a correr mal, as surpresas e as alegrias surgiram de onde e quando menos esperava.
A surpresa mais significativa, e que vai mudar, verdadeiramente, a minha vida, deixou-me, deveras, admirada e feliz. Não estava nada à espera, não depois da última e derradeira etapa, da qual saí com a certeza de que o sonho tinha acabado ali. Mas a vida resolveu dar-me um presente a deixar que o meu sonho se tornasse realidade. Sei que vai ser uma mudança muito grande. Vai ser o abdicar de um grande sonho, o de ser Advogada, por outro ainda maior... Tenho um friozinho na barriga, mas estou feliz. Se tudo correr bem, em 2008 será mesmo “Ano Novo, Vida Nova!”.
Esta semana pude descobrir que é quando menos se espera, e quando já pouco ou nada se acredita que ela ainda pode ter algo de bom guardado para nós, que a vida nos surpreende e volta a fazer-nos sorrir.
Também gostei bastante... Senti-me como há muito, muito tempo não me sentia... O filme foi de chorar a rir... O bar é um dos meus preferidos... E aquela praia é apenas “a minha praia”... Parece que a noite estava fria, mas não senti qualquer tipo de frio... Sei que a última parte da conversa foi “pesada”, mas era necessária... E acho que, no fundo, ambos sabemos disso...
A ver vamos o que a vida me vai dar daqui para frente, em relação a este assunto... De qualquer forma, o importante é ir devagarinho, sem dar passos maiores do que as pernas, com os pés bem assentes no chão e sem entrar em euforias desnecessárias e ilusórias, que acabam sempre por magoar alguém...
(Ao terminar de escrever este post, lembrei-me que na sexta, quando recebi a notícia de que falo na primeira parte, fiquei triste por não a poder partilhar com alguém que até determinada altura me deu toda a força do mundo para seguir em frente e acreditou em mim mas que, de um momento para o outro, e por causa de uma idiotice, tentou deitar-me abaixo e fazer-me sentir que eu jamais seria capaz... A essa pessoa só posso dizer que tenho pena de não partilharmos este momento e esta alegria, e que apesar das palavras rudes e desagradáveis “I did it my way” e consegui...)
segunda-feira, outubro 22, 2007
sábado, outubro 20, 2007
segunda-feira, outubro 15, 2007
Hoje voltei a ler-te, como há muito não me atrevia a fazer. Há muito tempo que não me deixava levar pela intensidade das tuas palavras. Tinha medo. É verdade, sim, não te espantes. Os últimos tempos têm sido confusos e intensos demais. Aqueles medos voltaram todos em catadupa, e eu fiquei perdida. E sabes que quando os medos chegam a reacção é só uma, a única possível... Mas hoje, e apesar dos medos, ganhei coragem de te ler. E não imaginas como me fez bem!
Beijo enorme, do tamanho do que não se diz,
Maria
P.S. - Já te disse que estou a morrer de saudades tuas?
domingo, outubro 14, 2007
Desabafo
terça-feira, outubro 09, 2007
quarta-feira, outubro 03, 2007
segunda-feira, outubro 01, 2007
quarta-feira, setembro 26, 2007
O que eu gostava mesmo...
segunda-feira, setembro 24, 2007
Para a minha querida Maggie!!!
Depois de 5 anos lado a lado, e passado um ano de interregno, a nossa dupla volta em força.
Desta vez num outro lugar, mas a fazer algo que sempre quisemos, voltaremos a estar lado a lado (mas desta vez quem fica ao meu lado direito és tu)!!!
Estou muito, muito, mas mesmo muito feliz por poder estar ao teu lado (literalmente) nesta nova caminhada!!!
Bem-vinda ao mundo dos crescidos!!!
Beijo enorme só para ti!!! :-)
domingo, setembro 23, 2007
“Quem é fiel nas pequenas coisas, sabe ser fiel nas grandes; quem é infiel nas pequenas coisas, jamais será capaz de ser fiel nas grandes...”
Depois destas palavras, e tendo em conta o seu contexto, fiquei rendida. No fim só consegui perguntar se havia sido a mesma pessoa. Sorri ao sorriso que me sorriu e que me respondeu que sim. Naquele momento, tudo o que havia sido dito até então fez mais sentido.
quarta-feira, setembro 19, 2007
Há dias assim...
Há dias, como o de hoje, em que a única coisa que queria era fazer o tempo avançar...
Mas já falta pouco... :-D
domingo, setembro 16, 2007
Vida
Gosto de palavras. Não, minto. Amo as palavras. E respeito-as, acima de tudo. Por isso olho com certo desdém quem as usa de forma leviana, quem diz por palavras o que não sente, só porque tem artes de ilusionista.
Cada palavra que se diz é uma escolha que se faz a cada instante que passa. A palavra é aquela e não outra, naquele momento, porque assim tem de ser, porque quem a profere a escolheu por algum motivo que só no seu intimo é conhecido. E assim como escolhemos as palavras, escolhemos também os destinatários dos nossos afectos.
Há muito pouco tempo, numa longa e agradável conversa pela madrugada dentro, o meu interlocutor disse-me, com uma convicção assustadora, que nós escolhemos amar, ou não, uma pessoa. Que escolhemos entregar-nos àquela pessoa, e não a outra. Num primeiro momento, confesso que o olhei com cepticismo e desconfiança, mas à medida que as suas razões iam desfilando à minha frente, qual parada militar alinhada e irrepreensível, fui percebendo que, talvez, ele tivesse razão.
Quantas vezes não nos deixámos envolver por uma pessoa em detrimento de outra? Quantas vezes preferimos não amar a pessoa que estava ao nosso lado, que nos amava, para irmos em busca de alguém que julgámos melhor? Quantas vezes olhámos para alguém e pensamos que aquela pessoa ainda iria ser nossa?
Quem de nós nunca passou por alguma destas situações, ou até por outras aqui não elencadas?
E será que tudo isto não foram escolhas? Com a distância temporal devida desde aquela conversa, consigo perceber que foram, sim.
Assim como aquela conversa, que surgiu depois de muitas outras, foi também uma escolha.
Sempre me questionei sobre quais os motivos que levam as pessoas a criar mais empatia umas com as outras e não com terceiros. E sempre acreditei que a vida era mesmo assim. Mas hoje consigo perceber que não é só a vida que traça o nosso caminho. Existe, bem presente em nós, uma incomensurável responsabilização sobre o caminho que trilhamos.
Não desresponsabilizo, com isto, a vida. A vida que coloca as pessoas no nosso caminho naquele momento e não noutro. A vida que nos coloca nas encruzilhadas e nos faz perceber que temos de seguir, obrigatoriamente, por um caminho, sob pena de perdermos a vida que temos. A vida que nos mostra que há caminhos sem retorno, mas que há outros em que podemos voltar atrás e reescrever, com outras palavras a histórias que deixamos inacabadas.
Um dia, alguém, disse-me o seu lema, a sua forma de vida – “Não tenhas medo de ser feliz!”. E naquele momento não percebi. E contra essa máxima, fechei as minhas portas ao mundo e assim as conservei durante um ano e meio.
Hoje, poucos meses depois de uma ruptura escolhida por outro alguém, sinto-me pronta para fazer as escolhas que tiverem de ser feitas, e para receber de braços abertos tudo aquilo que a vida tiver para me dar.
Porque há coisas que só acontecem quando têm de acontecer.
Porque os momentos têm todos uma razão de ser...
As caminhadas de fim-de-semana na praia, ao fim de cada noite recheada de bom, na companhia de alguns amigos, começam a ser um ritual. E ontem não foi diferente.
Depois de um serão com algumas gargalhadas e muitos momentos bons, a noite terminou, inevitavelmente, na praia.
Desta vez, e tendo o som das ondas a rebentar na areia como banda sonora, o passo foi mais lento do que é habitual. Deixámo-nos ficar para trás, e a conversa foi uma das mais sinceras e tristes dos últimos tempos. Mais uma vez, muito pouco foi o que consegui dizer. Ouvi e pensei. Não posso dizer muito. A única certeza que posso dar é que estarei aqui para o que der e vier. Embora saiba que qualquer solução será dolorosa e triste.
No fim de tudo, apenas uma conclusão: custa-me demais ver as pessoas de quem gosto a sofrer...
quarta-feira, setembro 12, 2007
terça-feira, setembro 11, 2007
segunda-feira, setembro 10, 2007
domingo, setembro 02, 2007
Voltei!!!
Pela primeira vez, no último ano, tive tempo para tudo e soube mesmo muito bem. Havia perdido a noção de quando havia sido a última vez que me tinha sentido tão tranquila e em paz.
Nestes dias, aproveitei para ouvir com calma o “Voo Nocturno” do Palma, o “Lado a Lado” da Mafalda Veiga e do João Pedro Pais, para terminar de ler “As Ruínas” e para começar a ler “O Livro de San Michele”.
Nos meandros do Palma, como não poderia deixar de ser, descobri uma música que me tocou mais fundo, por me trazer à memória um tempo que há muito passou e que jamais voltará. O ido Natal de 2004. Ás vezes penso que seria bom poder fazer o tempo voltar atrás, e desfazer alguns equívocos... Talvez tudo tivesse sido diferente. Ou então não. Fica no segredo dos Deuses. O que é certo é que também aqueles equívocos serviram para fazer de mim a mulher que hoje sou e, ainda que com algumas perdas, gosto de ser. Mas, e apesar de tudo, aquela música tocou-me e não podia deixar de a partilhar com quem me lê. Sei que, algures por aí, há-de haver quem me entenda...
Agora é hora de ir terminar de recarregar baterias, porque amanhã aguarda-me uma reentrada em força no trabalho! (a verdade é que se os tribunais estivessem fechados mais uns dias, não se perdia nada...)
(para ouvir é só clicar no play)
“Olá!
Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três.
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez
Conheço a tua cara,
Mas não sei o teu nome
Escrevo já aqui “não-sei-o-quê@.com”
Eu vou-te reencontrar noutro bar de estação
Ou talvez quando perder mais um avião
O barco vai de saída
Tu estás tão bronzeada
É tão bom ver-te assim ardente
Tão queimada
Eu quero reencontrar-te
Noutra esquina qualquer
Sem saber o teu nome
Se ainda és mulher
Quero reconhecer-te e beber um café
Dizer-te de onde venho
E perguntar-te porquê
Sorrir-te cá do fundo
E subir os degraus
Eu quero dar-te um beijo a 50 e tal graus
Quero reencontrar-te
Noutra esquina qualquer
Sem saber o teu nome
Se ainda és mulher
Quero reconhecer-te e beber um café
Dizer-te de onde venho
E perguntar-te porquê
Sorrir-te cá do fundo
E subir os degraus
Eu quero dar-te um beijo a 50 e tal graus
Sempre apanhaste o tal comboio?
Eu já perdi dois ou três.
Entre o ócio e as esquinas
Ganhei o vício da estrada
Nesta outra encruzilhada
Talvez agora a coisa dê
O passado foi à história
Cá estamos nós outra vez
Cá estamos nós outra vez”
(Jorge Palma)
sábado, agosto 25, 2007
quinta-feira, agosto 23, 2007
"Passeio dos Prodígios"
“Vamos enganar o tempo
saltar para o primeiro combóio
que arrancar da mais próxima estação!
Para quê fazer projectos
quando sai tudo ao contrário?
Pode ser que, por milagre,
troquemos as voltas aos deuses”
Jorge Palma)
(simplesmente genial)
terça-feira, agosto 21, 2007
Se há coisas que me irritam são...
quarta-feira, agosto 15, 2007
Noite Feliz
Sábado, na companhia de algumas das pessoas que me são muito queridas, comemorei os meus 24 aninhos. É certo que houve baixas de peso, pelos mais variados motivos, mas a verdade é que mesmo os que não estiverem comigo ao vivo e a cores não deixaram de marcar a sua presença.
A noite foi longa, embora não tanto como seria de esperar. Não é verdade??? Mas todos os momentos foram aproveitados ao máximo. Guardo na memória os sorrisos, as gargalhadas, as conversas, o carinho das pessoas que já não via há imenso tempo (e o das outras que vejo com mais frequência também, é claro), as fotografias que ficaram lindas, os olhares cúmplices que se trocam com aqueles a quem não é necessário dizer nada, as gracinhas da Carolina que foi, sem dúvida alguma, a estrela da noite, as surpresas e os silêncios.
Foi uma noite fantástica, em que a amizade foi rainha. Senti-me feliz como há muito não sentia. Sorri com toda a minha alma, e os meus olhos brilharam com a alegria de outros tempos. Como diria alguém, o importante é aprender a ser feliz. E eu estou a conseguir! Adorei o jantar e o resto da noite! Melhor??? Só mesmo se tivessem estado presentes todos aqueles que fazem parte de mim. Mas, ainda assim, mesmo faltando algumas pessoas (não muitas, é certo, mas algumas), a noite foi muito especial!
Obrigada a todos!!!
ADOREI!!!
(a fotografia mostra a alegria e o sorriso dos meus 24 aninhos)
quinta-feira, agosto 09, 2007
"Harry Potter and The Deathly Hallows"
Quem me conhece sabe que há anos que sigo esta saga, que vibro com cada livro, e que acabo sempre por me desiludir com cada filme. Mas a verdade e que, ainda assim, insisto em vê-los todos!!!
E no dia 21 de Julho, às 0hs, quando saí da sala de cinema depois de ter visto "Harry Potter e a Ordem da Fénix", lá fui eu à Bulhosa comprar o livro, na noite do seu lançamento mundial.
Em circunstâncias normais, não teria demorado tanto tempo a ler o livro. A verdade é que com o acidente e o trabalho, o meu tempo livre quase desapareceu. Mas agora já terminei. E isso é que é importante!!!
Desenganem-se os que julgam que vou contar o final. Pelo menos não para já. Não vou desvendar os mistérios a quem ainda está a ler.
É certo que há determinadas partes do livro que me parecem um pouco forçadas, mas o saldo final é, claramente, positivo. Está muitíssimo bem escrito. Ao ler, tal como já me tinha acontecido com os outros seis livros, senti-me entrar na história e partilhar com as personagens cada momento...
Em suma, ADOREI!!!
E mais??? Não digo...
A Página 161
1. Pegar no livro mais próximo.
2. Abri-lo na página 161.
3. Procurar a quinta frase completa.
4. Transcrever a referida frase no blogue.
5. Não vale escolher a melhor frase nem o melhor livro (usar obrigatoriamente o mais próximo).
6. Finalmente, passar o desafio a cinco pessoas.
Pois bem, o livro que me está mais próximo, que me tem acompanhado nos últimos tempo, é o “Harry Potterand the Deathly Hallows”, de J.K.Rowling, e a quinta frase da página 161 é:
“Master Regulus told Kreacher to come back,” he repeated.
E agora cabe-me passar o desafio a:
terça-feira, agosto 07, 2007
24
terça-feira, julho 31, 2007
De volta
Os danos do acidente foram muito além do carro destruído e das dores que, consequentemente, senti.
Agora que o colar cervical já faz parte do passado recente, e que os medicamentos já deixaram, definitivamente, de fazer parte do meu quotidiano, é que percebo o verdadeiro impacto de tudo aquilo.
Sim, é verdade que foi muito incómodo andar com aquela coisa no pescoço. Sim, era quase impossível dormir, comer e, por vezes, até respirar. Mas só depois de tudo isso passar é que comecei a perceber o que poderia ter acontecido. Se o meu carro tivesse deslizado mais um metro nem quero voltar a imaginar o que poderia ter acontecido.
Se fechar os olhos ainda consigo ouvir o som do embate e dos vidros a partir.
Apanhei o susto da minha vida. E espero jamais voltar a ter um momento assim...
E a verdade é que perante o acidente, e tudo o que senti no seu seguimento, percebi que há coisas que se tornam tão insignificantes e marginais que nem sequer conseguimos perceber como é que algum dia as exacerbamos tanto.
quinta-feira, julho 19, 2007
Entretanto, gostava de deixar uma sugestão - não percam o episódio de hoje do "Capítulos duma História Inacabada".
segunda-feira, julho 16, 2007
quinta-feira, julho 12, 2007
"Tatuagens"
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar"
("Tatuagens",
Mafalda Veiga e Jorge Palma)
quarta-feira, julho 04, 2007
Interrogaçãozita...
terça-feira, julho 03, 2007
Hoje estou...
domingo, julho 01, 2007
"Tento saber"
Podia escrever-te mil e uma coisas daquelas que se dizem em situações destas. Sabes que não poderia fazê-lo. Ouvi-as vezes demais nos últimos tempos para agora assumi-las como minhas. Sei o que sentes. Mas acredita que um dia, quando menos esperares, a dor começará a acalmar.
Sei que os conselhos não se dão, mas pela amizade e pelo respeito que tenho a honra de partilhar contigo posso arriscar fazê-lo. A vida tem muito de bom para te dar, e não vale a pena sofreres assim por alguém que não te quer. Custa demais perceber e aceitar essa realidade, mas a partir do momento em que o fazemos tudo parece menos negro. Toma, meu querido, segura minha mão com força e guarda o meu abraço, aquele no qual podes refugiar-te sempre que te sentires um menino pequenino, como sentias ontem quando falamos. Porque as horas não são importantes, quando os amigos precisam de nós.
Porque há demasiadas palavras vãs que não merecem ser ditas, deixo-te apenas a música que retrata, exactamente, aquilo que estás a viver e a sentir. Aquilo que eu mesma já vivi e senti... Porque de relações complicadas e díficeis percebemos os dois...
(para ouvir é só clicar no play)
"Tento saber como é que vai ser, se posso viver sem ti
Tento fugir mas eu só penso, na hora em que estás aqui
Tu nunca vens e quando apareces, finges que não há nada
Deixas-me só sempre a pensar, que chegamos ao fim da estrada
Pode parecer que sou livre, mas eu estou preso a ti
Às vezes disfarço e não consigo
Mas eu só penso na hora em que estás aqui
Ligas para mim, eu vou até ai, depois dizes que não podes
Prometo que não te quero ver mais, até que tu não me largues
Não vejo ninguém vou por ai, deixo passar as horas
Chamo-te nomes grito contigo, e tu dizes que me adoras
Pode parecer que sou livre mas eu estou preso a ti
Às vezes disfarço e não consigo e eu só penso na hora em que estás aqui
Tento manter a calma às vezes, parece que não te ligo
Pode parecer até que te esqueço, mas só quero estar contigo
Tento dizer adeus e tu deixas, sempre uma porta aberta
Tento esconder e fujo para noite, acordo de uma directa
Pode parecer que sou livre, mas eu estou preso a ti
Às vezes disfarço e não consigo
Mas eu só penso na hora em que estás aqui "
(Nuno Guerreiro)
quarta-feira, junho 27, 2007
Agora, que a decisão está tomada, "vou devagarinho, com medo de falhar".
A mudança vai ser grande e ainda não consigo imaginar o impacto que terá na minha vida.
Espero não vir a arrepender-me...
Mas como já me foi dito - não tenho nada a perder.
Por isso vou de peito aberto para aproveitar ao máximo aquilo que a vida tem para me dar...
terça-feira, junho 26, 2007
Era uma grande ideia!!!
É que já chateia...
Não sei o que é que vou estar a fazer daqui a dois ou três meses, quanto mais daqui a um ano e meio!!!
O que tiver de ser será...
Agora só quero PAZ!!!
O meu "De A a Z"
A - Apaixonar. Porque sou uma apaixonada por tudo o que faço. Porque nada na vida deve ser feito sem paixão, sem intensidade. Se tivermos paixão em tudo o que fazemos, seja no trabalho, seja em casa, seja nas relações com os outros, nos pequenos gestos, nos sorrisos, nos olhares, num simples dar a mão, ou num simples abraço, tudo fará mais sentido.
B – Borboleta. Quem me conhece sabe que adoro Borboletas. Tenho-as nas paredes do meu quarto, no meu telemóvel, em roupa, num relógio, em mim. Simplesmente adoro!!!
C – Conduzir. Sinto um prazer enorme e uma sensação de liberdade indescritível quando estou a conduzir. Ao volante sinto-me capaz de tudo. Como se o mundo fosse todo meu!!!
D – Desenhos animados. São o meu “Guilty Pleasure”. Sempre que posso lá me colo em frente à televisão a ver desenhos animados. Entre os preferidos estão “The Simpsons” (não foi à toa que aqui há uns tempos me ofereceram um Bart) e o “D’Artacão” (que já não passa na televisão, mas que ainda hoje passeia no meu imaginário). Depois existem os filmes da Disney, dos quais se destaca o meu preferido "A pequena Sereia". Há muitos outros, mas se elencasse todos, nunca mais saía daqui!!! ;-)
E – Escrever. Funciona como terapia. Sempre tive o vício de escrever. Sempre escrevi muito, sobre tudo e sobre nada. Para organizar as ideias, para descontrair, mas transpor para o papel as alegrias e as tristezas, para fazer planos, ou simplesmente para sonhar. Escrever é simplesmente maravilhoso.
F – Favas. Detesto. Desde miúda que não suporto o sabor daquelas coisinhas verdes. É mesmo muito horrível. Blahrg...
G – Gelados. Seja qual for a estação do ano, estou sempre pronta para um bom gelado!!! Talvez seja por isso que alguns amigos me chamam "a menina dos gelados". Sou viciadaaaaaaaaaaaa!!! ;-)
H – Helicópteros. Um misto de curiosidade e medo. Adorava andar! Mas e se aquilo não funcionar bem??? Não sei, não... Um dia, quem sabe!!!
I – Irmã. A minha é a melhor do mundo. E isto diz tudo!!!
J – James Bond. Adoro os filmes, especialmente os do Pierce Brosnan. Quando for crescida quero ser assim corajosa como ele é, mas na versão feminina, é claro!!! ;-)
L – Lua. Porque é linda! Porque é romântica! Porque é fabuloso observar a Lua a dois, numa noite de Verão, deitados na areia, de mãos dadas! Porque gostava de lá ir! Porque sim!!!
M – Música. Não sei viver sem música. Esteja feliz ou triste, a música está sempre presente.
N – Namorar. Há lá coisa melhor??? Andar de mãos dadas, receber aquela mensagem antes de dormir, os beijos, os mimos, e tudo o que se sente e não se partilha com o mundo, só com o outro. Gosto muito!!!
O – Ondas do mar. É preciso explicar porquê???
P – Porto. A cidade que, não sendo minha, vive dentro que mim. Amo o Porto de paixão. Foi lá que passei a minha adolescência, foi lá que descobri o que é o amor e como ele pode ser doce e amargo ao mesmo tempo. É lá que vivem algumas das pessoas mais importantes da minha vida. É a cidade cinzenta e triste, como muitos lhe chamam, onde fui muito feliz!!! Ah, e tem o Black Coffee da Avenida dos Aliados, que tem uma vista linda para a Câmara Municipal do Porto (que à noite se ilumina toda e fica um espanto)!!!
Q – Queijo. Pois é, tenho uma perdição por queijos. Muito poucos são os que não me agradam!
R – Rancor. Não guardo nenhum. Nem gosto que as pessoas à minha volta os guardem. É claro que podemos sentir-nos magoados com as pessoas e com as situações. É humano. Mas guardar rancores torna-nos pessoas amargas e mais tristes. Por isso não gosto.
S – Saladas. De alface e tomate, com frango, com milho, com passas, com nozes, de agrião, salada russa (sem atum), com peixe, com maçã, com morangos, com kiwis, com pêssego ou ananás, com delicias do mar ou camarão. Gosto muito de saladas, gosto dos diferentes sabores que consigo combinar, gosto do facto de serem leves e de me satisfazerem!
T – Telemóvel. É verdade, anda comigo para quase todo o lado. Já não sabia viver sem o telemóvel. Mas não, a estatística do e-mail que anda por aí a circular, apesar de tudo, não se aplica à minha pessoa... ;-)
U – Unhas. As minhas!!! Se bem que ultimamente não lhes tenho dado muita atenção. Mas até ao final da semana vou mimá-las como merecem. Já não posso adiar mais... ;-)
V – Verdade. Sou apologista de uma verdade dura em detrimento de mentira piedosa. Porque nem sempre a vida é justa, ou nos trata como merecemos.
X - Xadrez. Porque já fui viciada. Porque ainda hoje gosto de jogar, apesar da fraca companhia. Parece que a larga maioria das pessoas é avessa ao jogo. Não percebo...
Z – Zorro. E não, não é por causa do Banderas! A verdade é que o Diego Vega sempre me fascinou. Quando era miúda adorava ver “As Aventuras do Zorro”. Mas, e como já referi, também sou viciada em desenhos animados!!!
segunda-feira, junho 25, 2007
"Dizer que não"
(para ouvir é só clicar no play)
"Diz-lhe que não, diz-lhe que tudo acabou
Que é sempre mais feliz aquele que mais amou
Chega de juras de amor
Promessas de amor eterno
Para algum tempo depois
Voltarmos ao mesmo inferno
Por vezes é mesmo assim
Não há outra solução
Doi muito dizer que sim
Doi menos dizer que não
Diz-lhe que não, diz-lhe que tudo acabou
Que é sempre mais feliz aquele que mais amou
Diz-lhe que chega de ouvir as frases habituais
Chamam-me a maior paixão da vida, coisas banais
Maior, ou não, pouco importa
Ser a única isso sim
Diz-lhe que não me enganou
Enganou-se ele por mim
Diz-lhe que não, está na hora de acabar
Mas por favor não lhe digas que ainda me viste chorar"
(Lúcia Moniz)
Esta música veio-me à cabeça depois daquela conversa. E tal com as palavras que escutei com toda a atenção que me merece, também esta música faz todo o sentido...
domingo, junho 24, 2007
sexta-feira, junho 22, 2007
quarta-feira, junho 20, 2007
Miminhos para o ego...
terça-feira, junho 19, 2007
Dúvidas (II)
segunda-feira, junho 18, 2007
Piadinha de Sábado à Noite
domingo, junho 17, 2007
terça-feira, junho 12, 2007
Dúvidas
segunda-feira, junho 11, 2007
"Capítulos duma História Inacabada"
domingo, junho 10, 2007
"O menino tem ar de cliché"
“Meu Querido,
Nunca encontrei as palavras certas para lhe dizer o que restou depois do fim. Mas ontem, ao relembrar um dos nossos momentos mágicos, percebi que não poderia adiar mais. E, por isso, resolvi escrever-lhe. O menino sabe que sempre privilegiei as palavras escritas. Embora sempre tenha adorado ouvir as ditas, aquelas que ficam tatuadas na memória com a entoação única do momento em que são proferidas. E guardo todas as suas num lugar muito especial, junto ao coração.
Sempre me disse que as coisas boas da vida deveriam ser vividas no momento, e que só ele era importante. O passado já estava arrumado lá atrás e a chegada do futuro era incerta. Deixei-me fascinar pela facilidade e leveza com que o menino vivia e encarava a vida. Ao seu lado tudo parecia fácil e possível. E fui-me deixando ir, como se fosse levada pela corrente do mar. Tal e qual criança imprudente, que não sabendo nadar se aventura no mar, apaixonei-me por si sem pensar duas vezes e fiz-me naufraga nos sentimentos que não consegui controlar. Naquela altura era ainda uma menina tonta que acreditava podia controlar tudo, sem saber que os sentimentos não se controlam. E eu não controlei. Mostrou-me sempre pouco e eu nunca soube pedir mais. Também nunca soube dar-lhe sem que pedisse. E sempre pediu. Queria saber e sentir sempre mais. Deixei o meu coração subir ao cadafalso e ser entregue a si. Depois disso não me recordo como tudo aconteceu. As situações precipitaram-se umas a seguir às outras e o destino que nos juntou encarregou-se de nos levar para longe de nós.
Quando penso no que fomos um dia, recordo-me sempre daquele fado. “O que foi que Aconteceu”, da Ana Moura. Lembra-se? Eu sei que sim. “Aconteceu, eu não estava à tua espera/E tu não procuravas nem sabias quem eu era/Eu estava ali só porque tinha de estar/E tu chegaste porque tinhas de chegar...”. O nosso fado era lindo. Às vezes ainda o ouço. Pensar em si já não me magoa. Mas ontem, depois daquelas palavras, foi impossível não relembrar muito do que aconteceu. A razão nas palavras que me foram ditas foi assustadoramente real, e ainda sinto o coração disparar só de pensar nelas.
Ao seu lado o tempo voava, e quando demos por nós já tinham passado quase seis meses desde que nos havíamos conhecido. Foi o menino quem se lembrou. Achei imensa piada quando me enviou aquela mensagem escrita a dizer: “O “ahpoijé” nasceu há quase seis meses. E há quase seis meses que o seu sorriso me faz feliz! Beijo”.
Muitas são as vezes em que dou comigo a pensar nas pequenas coisas. Nas suas e nas minhas. Sempre disse que o menino tinha ar de cliché, e isso sempre o arreliou. Com o cabelo despenteadamente alinhado e o sorriso malandro, não havia como não dizer isso. Recordo-me da primeira vez que lhe disse isso. “Sabe, o menino tem ar de cliché!”. Ficou a olhar para mim sem saber se soltava a gargalhada que tinha presa na garganta ou se, pelo contrário, fazia ar de zangado e ofendido. A gargalhada venceu e à sua juntou-se a minha.
No dia em que tudo terminou estava a chover. Recordo-me de ter caminhado à chuva durante mais de duas horas. Percorri vezes sem conta aquele jardim e os arredores em busca de qualquer coisa que o trouxesse de volta a mim. Mas isso era impossível. Aquele momento tinha separado as nossas vidas para sempre.
Depois de as gostas da chuva terem lavado o meu rosto, naquela chuvosa e fria tarde de Janeiro, não voltei a verter uma lágrima, sequer, por si. Mas ontem, depois daquela conversa, percebi que ainda tremo ao ouvir o seu nome. Acima de tudo, percebi que não se esquece alguém que se amou. Amei-o, e hei-de amá-lo sempre, mas naquele momento da minha vida.
Faço minhas as suas palavras para dizer que o passado está arrumado e não volta, e que o futuro é uma incógnita por desvendar. Não nego que tenho saudades suas, e dos momentos em que fomos felizes, mas são essas saudades que me fazem perceber que quero mais. Quero ser feliz com alguém, como fui consigo um dia. Quero voltar a ter vontade de dizer “Amo-te” a alguém. Mais, quero dizê-lo sem receios. Sim, quero dizer a alguém aquilo que, por medo, nunca lhe disse a si.
Despeço-me com um beijo doce e meigo, como aqueles que me dava na testa quando me abraçava forte e me sussurava ao ouvido que ia correr tudo bem.
Beijo,
B.”
segunda-feira, junho 04, 2007
Para o Gonçalo...
Gonçalo,
Espero que o lugar para onde foste seja perto do mar e tenha muitas ondas que te permitam surfar muito... A vida nunca é como deveria ser, e o que aconteceu contigo é prova disso mesmo... Isto serve para mostrar o quão a vida é frágil e que não vale a pena desperdiçá-la em "esperas inúteis"... Só sinto muito que não o tenhas percebido a tempo...
Beijinho grande,
Maria
sexta-feira, junho 01, 2007
"Everything"
"Everything"
"You're a falling star, you're the get away car.
You're the line in the sand when I go too far.
You're the swimming pool, on an August day.
And you're the perfect thing to say.
And you play it coy, but it's kinda cute.
Ah, when you smile at me you know exactly what you do.
Baby don't pretend, that you don't know it's true.
Cause you can see it when I look at you.
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.
You're a carousel, you're a wishing well,
And you light me up, when you ring my bell.
You're a mystery, you're from outer space,
You're every minute of my everyday.
And I can't believe, uh that I'm your man,
And I get to kiss you baby just because I can.
Whatever comes our way, ah we'll see it through,
And you know that's what our love can do.
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing
You're every line, you're every word, you're everything.
So, la, la, la, la, la, la, la
So, la, la, la, la, la, la, la
And in this crazy life, and through these crazy times
It's you, it's you, you make me sing.
You're every line, you're every word, you're everything.
You're every song, and I sing along.
'Cause you're my everything.
Yeah, yeah
So, la, la, la, la, la, la, la
So, la, la, la, la, la, la, la"
(Michael Bublé)
Porque o album está fabuloso.
Porque eu gosto.
Porque não me canso de ouvir e cantar esta música.
PORQUE SIM!!!
Espero que gostem tanto como eu!!!
quinta-feira, maio 31, 2007
Saudade
terça-feira, maio 29, 2007
O meu amigo Gu
O meu Amigo Gu está solteiro outra vez. É verdade! Mas não se admite que um rapaz tão giro, inteligente, simpático e divertido, esteja sozinho. Por isso resolvi dar a conhecer ao público feminino que lê "O Lume", o meu amigo Gu!
O Gu tem 23 anos (quase 24), está no 6º ano de Medicina, e é um amor de pessoa. Deixo-vos aqui duas fotografias dele para verem, com os vossos próprios olhos, que não minto quando digo que ele é giro! Se alguém quiser mais informações ou, eventualmente, o contacto do Gu, é favor entrar em contacto comigo para o seguinte e-mail: omeulume@gmail.com .
segunda-feira, maio 28, 2007
"(...)um dia vou construir um castelo..."
mas não esqueço de que minha vida é a maior empresa do mundo.
E que posso evitar que ela vá à falência.
Ser feliz é reconhecer que vale a pena viver,
apesar de todos os desafios, incompreensões e períodos de crise.
Ser feliz é deixar de ser vítima dos problemas e se tornar um autor da
própria história.
É atravessar desertos fora de si, mas ser capaz de encontrar
um oásis no recôndito da sua alma.
É agradecer a Deus a cada manhã pelo milagre da vida.
Ser feliz é não ter medo dos próprios sentimentos.
É saber falar de si mesmo.
É ter coragem para ouvir um 'não'.
É ter segurança para receber uma crítica, mesmo que injusta.
Pedras no caminho?
Guardo todas, um dia vou construir um castelo..."
(Fernando Pessoa)
Hoje, mais do que nunca, este poema faz para mim todo o sentido... Porque um dia ainda hei-de construir o meu castelo...
Só podia ser Pessoa...
domingo, maio 27, 2007
"Paciência" (II)
“Paciência”
“Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
A vida não pára
Enquanto o tempo acelera
E pede pressa
Eu recuso, faço hora,
Vou na valsa
A vida é tão rara
Enquanto todo o mundo espera a cura do mal
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência
Será que é tempo que lhe falta p’ra perceber?
Será que temos esse tempo p’ra perder?
Ninguém quer saber
A vida é tão rara, tão rara
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Mesmo quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, eu sei
A vida não pára
A vida não pára, não
Será que é tempo que me falta p’ra perceber?
Será que temos esse tempo p’ra perder?
Ninguém quer saber
A vida é tão rara, tão rara
Mesmo quando tudo pede
Um pouco mais de calma
Até quando o corpo pede
Um pouco mais de alma
Eu sei, eu sei
A vida não pára
A vida não pára, não
A vida não pára”
(João Pedro Pais & Mafalda Veiga)
Não tenho palavras para explicar o significado que esta música tem para mim. Aos que me conhecem aconselho alguma atenção à letra. Vão perceber...
sexta-feira, maio 25, 2007
"Paciência"(I)
E a loucura finge que isso tudo é normal
Eu finjo ter paciência
O mundo vai girando cada vez mais veloz
A gente espera do mundo
E o mundo espera de nós
Um pouco mais de paciência"
(João Pedro Pais e Mafalda Veiga,
Paciência)
Por vezes, o que me faz falta é mesmo um pouco de paciência... Mas há alturas em que até a tenho demais...
Um dueto fabuloso que me enche a alma. Em breve deixo a letra completa e a música para que possam ouvir uma das músicas que mais sentido me faz, neste momento.
quarta-feira, maio 23, 2007
Brilhante
segunda-feira, maio 21, 2007
...
há sempre alguém que diz não."
sexta-feira, maio 18, 2007
"O mundo ao contrário"
A M. gosta do R.. Namoraram um ano e tal, e ele acabou com ela. Depois andou a enrolá-la durante imenso tempo dizendo-lhe que não sabia se queria voltar a namorar com ela, ou não. Até que, um dia, se lembrou que afinal não queria. E foi cada um, definitivamente, para seu lado.
O M. e a M. gostavam um do outro. Namoraram algum tempo. De um momento para o outro, e sem razão aparente, a M. lembrou-se que, afinal, já não sabia se gostava do M.. Acabaram e agora quase não podem ver-se à frente.
O N. namorou com a P. mais de um ano à distância. Quando passaram uma semana juntos acabaram. Ele diz que percebeu que apesar de gostar dela, eram incompatíveis (será que isto existe? – gostar e não ser compatível???). Depois, o N. gostou da R. que até lhe achou piada, mas que, mais tarde, se apaixonou por outro N..
A M. e o F. andaram às turras muito tempo, sem se entenderem, mas agora estão felizes e contentes. No entanto, estiveram quase a ser um caso em que gostar só não chega.
Bem, de mim nem falo, porque nem vale a pena...
O meu orgulho são mesmo a minha Baixinha e o meu Maninho querido que, o mais tardar daqui a um ano, vão casar!!! Fiquei mesmo feliz!!! Se há casal que foi feito um para o outro são aqueles dois. É ao pensar neles que percebo muitas coisas e desejo, do fundo do coração, poder ser tão feliz como eles são! Mas, na verdade, a história deles também não foi fácil. O meu Mano sempre adorou a minha Baixinha, mas ela sempre achou que não. Quando éramos mais miúdos, aí com 15/16 anos, eu dizia, para quem quisesse ouvir, que aqueles dois ainda iam acabar juntos, e toda a gente olhava para mim como se eu fosse doida. O resultado está à vista! E eu nunca fiquei tão feliz por ter tanta razão!!!
Para os outros, e para todos os que têm “o mundo ao contrário”, deixo aqui o refrão da música dos Xutos com o mesmo nome.
Se gostas de mim,
Se isso não chega
Tens o mundo ao contrário.”
quinta-feira, maio 17, 2007
quarta-feira, maio 16, 2007
Obrigada :-)
Sei que ontem à noite estava impossível de aturar.
O meu MUITO OBRIGADA ao Martim e ao Pedro pela paciência para aturarem todos os meus disparates de ontem à noite.
Beijinho grande Meninos
P.S.- A música é linda! Um dia destes vou colocá-la a tocar por aqui... ;-)
terça-feira, maio 15, 2007
Sono!!! Ou a falta dele...
domingo, maio 13, 2007
Nephilim
Reflexóes
Os últimos meses foram intensamente tristes. Existiram alguns momentos de felicidade, não nego. Mas os momentos de tristeza foram tão fortes que a felicidade dos outros se mostra mitigada à luz das recordações.
Entrei num mundo diferente disposta a dar o meu melhor para a realização de um sonho. O sonho encontra-se, agora, transformado em pesadelo, a vontade de largar tudo é incomensurável, e eu não sei até quando terei força para aguentar a pressão que, neste momento, lhe é inerente. É como se, a qualquer momento, o sonho pudesse ruir como um castelo de cartas. Só que o castelo de cartas não é o sonho, sou eu. A analogia é fraca, bem sei, mas é apenas o reflexo das forças que começam a escassear em quem a faz.
Apaixonei-me e provei o sabor amargo da desilusão. Os erros que cometi foram imensos, e o maior deles foi mesmo esse: ter-me apaixonado. Não posso dizer que perdi o que quer que seja por duas ordens de razões: a primeira é simples e qualquer um pode concordar comigo – não perdi nada porque estas coisas dos sentimentos não são um jogo em que se perde ou ganha; a segunda é mais complicada de entender para quem está de fora, mas, ainda assim, é relevante e verdadeira – não pode perder-se o que nunca se teve, e eu não posso dizer que perdi alguém que nunca foi meu.
Limpei bem as feridas deixadas por aquele sentimento, e as que ele reabriu. Depois deixei-as ao ar, para ver se cicatrizavam mais depressa. Ainda estou a perceber qual a evolução da cicatrização de umas e outras. Uma coisa é certa, já não doem. Talvez seja bom sinal. Todavia, só daqui a uns tempos vou ser capaz de ter o discernimento necessário para fazer essa avaliação, e para perceber se as reminiscências deste sentimento que em mim ficarão tatuadas me permitirão sentir daquela forma, outra vez. Eu quero acreditar que sim, mas nem sempre querer é poder...
Entretanto, e enquanto vou tentando perceber se dentro de mim ainda há força para continuar, a vida resolve ir-me pregando algumas partidas que me fazem pensar, reviver, recordar, ter vontade de seguir em frente, e perceber que se calhar ainda não é já. A vida troca-nos as voltas quando menos esperamos e isso deixa-nos confusos e perdidos. São os reencontros com o passado que já não me fazem tremer, mas que servem para me recordar aquilo que de mais belo já existiu em mim. São os caminhos incertos e as esperas angustiantes que me mostram que, afinal, não sou de ferro e que, também, tenho os meus momentos de fraqueza.
Sei o que quero. Sei o que sonho e desejo. Só não sei se tenho a sorte, a força e a coragem necessárias para lá chegar.
Tenho a alma agitada e perdida, e o coração inquieto e vazio. A espera desespera-me, e eu ainda não aprendi a esperar... Será que algum dia aprenderei???
A música continua a tocar, numa tentativa vã de conseguir ter em mim o efeito que nada mais consegue ter. E o sono continua a teimar em não chegar...