domingo, maio 11, 2008

“Se está tudo bem, porque é que estás assim?”, perguntou-me a Mana depois de lhe falar do que aconteceu. Esteve uma semana fora e o mundo virou-se do avesso. Deu-me razão, disse-me que eu tinha feito o que devia, e depois, ao sentir-me “assim” quis saber e perguntou. “Não sei…”, respondi-lhe.

Parece que qualquer coisa se perdeu dentro de mim na última semana. A maldade humana fez estragos terríveis em mim. Não perdi o meu amigo, mas perdi mais uma grande parte da minha capacidade de acreditar e confiar nos outros. A verdade é que embora não tenha acreditado em tudo o que me foi dito e tenha resolvido as coisas com ele, por breves instantes julguei-o mal. Por momentos acreditei nas mentiras que me foram ditas e sei que vou sempre sentir um pouco de culpa por isso.

Continuo a dar voltas à cabeça e não encontro razão para as mentiras. Como é que alguém é capaz de magoar alguém de forma tão fria e gratuita? “Achas que era para me atingir?”, perguntou-me ele a meio da nossa conversa. “Não, era para me atingir a mim. O que elas não contavam era que eu falasse contigo.”, respondi-lhe. E não contavam mesmo, porque se contassem não o teriam feito. Magoaram-nos e abriram entre nós um abismo para o qual não existe ponte construída. E, a verdade, é que não sei se seremos capazes de a construir.

Daqui a pouco menos de um mês acaba esta fase, estes 6 meses… As águas serão separadas e não sei até que ponto a corrente não nos levará cada um para o seu lado de uma vez por todas.

Tenho medo… Tenho a garganta congestionada com tantas palavras que nela estão presas. Há tantas coisas que quero gritar e não posso. Queria ter a coragem necessária para enfrentar aquelas pessoas e dizer-lhes que a tentativa que fizeram de nos afastar não resultou. Só não sei até que ponto é que isso será verdade…

1 comentário:

Anónimo disse...

ÉS UMA TÓTÓ...