Olho para ele e sinto-me entristecer. Sei que o magoei e magoa-me sabê-lo. Magoámo-nos mutuamente. Sei que sabe que não foi propositado. Sei que sabe que a culpa não é minha e que a origem da sua tristeza está naquelas pessoas que resolveram meter-se na minha vida e, por força das circunstâncias, na dele.
Olho para ele e sinto-me impotente. Creio que não tem noção de como me magoa toda esta situação. O que nos rodeia começa a sufocar-me, e só me apetece gritar. A vontade de dizer àquelas pessoas que me deixem em paz, que nos deixem em paz, que se metam na sua própria vida e não tentem adivinhar o que se passa nas dos outros, começa a atingir valores incomensuráveis.
Passei o fim-de-semana a pensar no que aconteceu. “Desculpa se fui bruto contigo… A culpa não é tua…”, disse-me pouco depois da nossa discussão. “Só quero que saibas que não acredito nas coisas que aquelas pessoas disseram”, disse-lhe sem saber mais o que havia de lhe dizer. As nossas palavras, juntamente com as dos outros, já nos tinham magoado demais. Mantivemo-nos em silêncio todo o fim-de-semana. Hoje chegou e brincou comigo logo cedo. Por breves instantes senti no peito o conforto de antes, mas depois o abismo voltou a abrir-se entre nós. “Quero falar contigo.”, disse-me no instante seguinte. Não quis falar ali, e ainda não conseguimos conversar. As horas voaram e no fim do dia só queria voltar para casa.
Olho para ele e sinto-me impotente. Creio que não tem noção de como me magoa toda esta situação. O que nos rodeia começa a sufocar-me, e só me apetece gritar. A vontade de dizer àquelas pessoas que me deixem em paz, que nos deixem em paz, que se metam na sua própria vida e não tentem adivinhar o que se passa nas dos outros, começa a atingir valores incomensuráveis.
Passei o fim-de-semana a pensar no que aconteceu. “Desculpa se fui bruto contigo… A culpa não é tua…”, disse-me pouco depois da nossa discussão. “Só quero que saibas que não acredito nas coisas que aquelas pessoas disseram”, disse-lhe sem saber mais o que havia de lhe dizer. As nossas palavras, juntamente com as dos outros, já nos tinham magoado demais. Mantivemo-nos em silêncio todo o fim-de-semana. Hoje chegou e brincou comigo logo cedo. Por breves instantes senti no peito o conforto de antes, mas depois o abismo voltou a abrir-se entre nós. “Quero falar contigo.”, disse-me no instante seguinte. Não quis falar ali, e ainda não conseguimos conversar. As horas voaram e no fim do dia só queria voltar para casa.
A vontade de desligar o telemóvel é mais do que muita. Mas não o posso fazer. Anseio e temo aquela conversa. Por causa dos outros, mas através de nós, algo se perdeu irremediavelmente naquela sexta-feira. E a solução é só uma, a única possível, com muita pena minha. O que mais me custa é o facto de a vida estar prestes a levar-nos para longe de nós por causa da intromissão e da maldade de outras pessoas.
Fostes, és, e serás sempre o lado errado das minhas noites e dos meus dias, o lado errado da minha vida. Aquele lado que descobri por um daqueles acasos da vida cuja existência sempre neguei. Podias ter feito o que fizemos juntos algum tempo antes. Mas não, o tempo era este. O tempo dos acasos, das surpresas e das decisões difíceis.
Anseio e temo aquela conversa. Vamos ver quando, e se, irá acontecer. Podemos até fugir dela, mas os seus efeitos já se fazem sentir...
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