De regresso a casa, fui pensando nos últimos dias, nas últimas conversas... Acho que, naquela tarde, pela primeira vez em quase 6 anos, senti uma pontinha de arrependimento pela decisão tomada. Queria poder lá estar. Queria poder ser o colo que faz falta, neste momento. Mas não estou e não sou, e isso fez-me sentir impotente...
Olho para trás e penso em nós. Éramos quatro, mas a vida quis que ficassemos só três, e que apenas duas não se perdessem uma da outra. Mas, e como diz o ditado, “Deus escreve certo por linhas tortas” e, a pouco e pouco, voltei a ficar “perto” daquela que ficou mais “longe” durante todos estes anos. E hoje, mais do que nunca, queria estar lá, no meu, nosso, Porto, na cidade que me viu crescer, para poder ser o ombro que faz falta.
Minhas queridas, um dia fomos uma só. Sentíamos, pensávamos e agíamos de formas tão diferentes, que na diferença encontrávamos a completude que fazia de nós únicas. É por isso, por tudo aquilo que significamos na vida umas das outras, por tudo o que nos uniu, que vos digo que jamais serei capaz de me esquecer de quem fomos, do que sentimos e de tudo o que vivemos juntas. Porque no dia em que me esquecer disso é porque me esqueci de quem sou...