terça-feira, dezembro 26, 2006
Amizades...
Realmente é verdade, muitas são as amizades que criam alicerces e se edificam numa mesa de café. Mas há muitas outras formas de criar novas amizades, ou de, pelo menos, começar a desenhar os contornos do que pode vir a ser uma amizade. Eu estou a gostar de as descobrir. A ver vamos se as amizades, realmente, podem nascer assim!
quinta-feira, dezembro 21, 2006
No final de um dia cansado...
É como se fosse um fragmento do meu Porto. Nos últimos dias as saudades têm sido mais do que muitas. E café de ontem, numa das melhores companhias de sempre, no fim de um dia cansado e carregado de emoções, num lugar que me leva de volta, ainda que por breves instantes, ao “meu outro lugar”, não poderia ter-me feito melhor.
Depois do café uma caminhada pelas ruas da minha cidade. Vi a famosa Árvore de Natal (era uma vergonha estar ali tão perto e não a ter visto, ainda).
Quando (já nada é intacto)
"Quando de repente num segundo
qualquer coisa me vira do avesso
e desfaz cada certeza do meu mundo"
[Quando (já nada é intacto)]
[M.V.]
qualquer coisa me vira do avesso
e desfaz cada certeza do meu mundo"
[Quando (já nada é intacto)]
[M.V.]
segunda-feira, dezembro 18, 2006
Adoro-te...
A tua tristeza entristece-me...
Queria tanto poder curar as tuas feridas e fazer-te sorrir como só tu sabes...
Adoro-te...
Nunca te esqueças, nem duvides, disso...
Queria tanto poder curar as tuas feridas e fazer-te sorrir como só tu sabes...
Adoro-te...
Nunca te esqueças, nem duvides, disso...
sábado, dezembro 16, 2006
Um Ano Depois...
Faz hoje um ano que tentava perceber os porquês do fim de uma amizade...
Faz hoje um ano que começava a tomar consciência de que tinha perdido um amigo...
Faz hoje um ano que os vi chegar...
Faz hoje um ano que nos sentamos na mesma mesa para ter uma conversa séria...
Faz hoje um ano que a primeira pergunta levantou o véu da mentira...
Faz hoje um ano que as palavras me feriram e me fizeram perder quase por completo a confiança nos “outros”...
Faz hoje um ano que a verdade foi revelada fazendo cair as mentiras em catadupa...
Faz hoje um ano que me foi dada a razão que eu preferia não ter tido...
Faz hoje um ano que fui incapaz de verter uma lágrima sequer, enquanto por dentro um pranto incontrolável me lavava a alma...
Faz hoje um ano que mais uma “amizade” se desfez, como se de um castelo de areia destruído pelas ondas do mar se tratasse...
Faz hoje um ano que terminou aquela que entrou para a minha história como umas das piores semanas da minha vida...
Faz hoje um ano e os porquês das mentiras ainda se passeiam na minha mente...
Faz hoje um ano e, por vezes, ainda dói...
Faz hoje um ano que começava a tomar consciência de que tinha perdido um amigo...
Faz hoje um ano que os vi chegar...
Faz hoje um ano que nos sentamos na mesma mesa para ter uma conversa séria...
Faz hoje um ano que a primeira pergunta levantou o véu da mentira...
Faz hoje um ano que as palavras me feriram e me fizeram perder quase por completo a confiança nos “outros”...
Faz hoje um ano que a verdade foi revelada fazendo cair as mentiras em catadupa...
Faz hoje um ano que me foi dada a razão que eu preferia não ter tido...
Faz hoje um ano que fui incapaz de verter uma lágrima sequer, enquanto por dentro um pranto incontrolável me lavava a alma...
Faz hoje um ano que mais uma “amizade” se desfez, como se de um castelo de areia destruído pelas ondas do mar se tratasse...
Faz hoje um ano que terminou aquela que entrou para a minha história como umas das piores semanas da minha vida...
Faz hoje um ano e os porquês das mentiras ainda se passeiam na minha mente...
Faz hoje um ano e, por vezes, ainda dói...
quarta-feira, dezembro 13, 2006
Para Ti...
Qual o teu traço a pincel
A história da tua vida
Escrita, sentida, tatuada na pele
Quem lá escreveu
Com a tua permissão
Nem sequer, nem sequer percebeu
E perdeu a folha pele
Por entre as mãos"
("Pele", Polo Norte)
Enquanto conduzia a caminho de casa passou esta música no rádio.
Lembrei-me de ti.
O meu dia hoje não foi bom e parecia nunca mais acabar.
Ver o teu comentário ao meu último post fez-me ficar ainda mais triste do que já estava...
PORQUÊ???
A história da tua vida
Escrita, sentida, tatuada na pele
Quem lá escreveu
Com a tua permissão
Nem sequer, nem sequer percebeu
E perdeu a folha pele
Por entre as mãos"
("Pele", Polo Norte)
Enquanto conduzia a caminho de casa passou esta música no rádio.
Lembrei-me de ti.
O meu dia hoje não foi bom e parecia nunca mais acabar.
Ver o teu comentário ao meu último post fez-me ficar ainda mais triste do que já estava...
PORQUÊ???
quarta-feira, dezembro 06, 2006
Idiotice do dia!!!
"E se em vez de assinarmos a folha nos contassem a todos?"
Mas quem é que deixou aquele cromo entrar???
Valha-nos Deus...
O que vale é que ainda me fartei de rir com tanta falta de bom senso...
Não é meu hábito rir-me assim das figuras tristes dos outros, até porque também tenho os meus momentos menos brilhantes, mas este já anda a irritar com tanto disparate junto...
Irra!!!
terça-feira, dezembro 05, 2006
Momento menos bom...
De volta “...ao princípio do meu fim...” não sei o que responder à voz que escuto do outro lado do telefone. As palavras que tento dizer não exprimem o que cá dentro retenho sem querer. O medo e a ansiedade. A vontade de não recordar. As marcas do que já foi. E as barreiras, as limitações que as erosões da vida me impuseram. O não querer voltar “...ao princípio do meu fim...” e sentir que estou mais perto de lá chegar do que esperava. O calar! O calar de tudo o que não consigo dizer. E as repetições. Como se a vida fosse um filme que revejo e se repete de cada vez que chega ao fim. Sem dúvida alguma, um momento menos bom. Amanhã será um dia melhor! Espero eu...
sexta-feira, dezembro 01, 2006
"Escolhas" (VI)
“Nada fazia prever o que aconteceu. Sinto-me devastada, como se um comboio me tivesse passado por cima. A inauguração do teu restaurante foi um sucesso. Não podias estar mais feliz. Confesso que quando vi o teu Pai entrar tremi. Ele sempre quis que seguisses as pisadas dele e, recordo-me, de me teres contado que quando decidiste tornar-te médico, ele te ter dito que seres médico era o maior orgulho que poderias dar-lhe. Sei que foi o medo de o desiludir que te fez adiar o desejo cozinhar. Mas sempre quiseste fazer da culinária a tua vida, e sei que foi necessária muita coragem para te dedicares a isso. E eu estava nas nuvens por poder partilhar aquela felicidade contigo. Mas depois... O “porquê” do que se seguiu ainda continua a fazer-me muito mal. Já passou quase um mês, mas ainda sinto como se tivesse sido ontem.
“Precisamos de conversar, Marta.”, disseste tu quando chegámos cá a casa naquela noite, e a expressão do teu rosto mudou radicalmente. Gelei. Mas nunca imaginei o teor da conversa que se seguiria. “Senta-te, por favor.”, pediste-me com cuidado. Sentei-me a medo, não estava a perceber nada. Parece que ainda estou a ouvir as tuas palavras, repetidas vezes sem conta, como se tivessem ficado gravadas no disco rígido das minhas lembranças. O teu tom de voz mais grave e pausado do que era costume fizeram-me ficar presa ao sofá. Não me lembro muito bem das palavras que saíram da tua boca, mas o essencial, a realidade para a qual me empurraste, entranhou-se em mim e ficou tatuado na minha alma. Aconteceu tudo tão depressa.
Nunca havia tido coragem para te perguntar como tinha sido a tua vida durante o tempo que passou desde que te pedi para ir embora até ao dia em que voltamos a encontrar-nos. Sempre achei que não tinha esse direito. Mas se tivesse perguntado talvez me tivesse poupado a esta realidade que me assombra e que me devastou como se um punhal me trespassasse o peito. A verdade é que nunca fui, verdadeiramente, traída. Não estávamos juntos por culpa minha e a vida tinha de continuar. Ainda assim não consigo deixar de me sentir traída, magoada, destruída. Afinal a “amiga” do André não era “amiga” dele. Afinal o filho que ela vai ter é teu e não dele. Afinal a vida pregou-nos uma partida que nos levou para longe de nós, mais uma vez, pela última vez. Disseste-me que não tinhas a certeza se o filho dela era mesmo teu, ou não e que querias confirmar a paternidade assim que a criança nascesse. Disseste que era comigo que querias ficar para o resto da vida, e que se realmente o filho fosse teu íamos saber adaptar-nos a essa nova realidade. Mas tudo não passaram de meras palavras. Não fui, nem sou, capaz de lidar com isso. A verdade é só uma: vais ter um filho com outra mulher. Todas as verdades envolventes e que consubstanciam a realidade em que isso aconteceu são, para mim, secundárias. Estou a ser intransigente? Estou a ser inflexível? Sim, se calhar estou mesmo. Até porque os teus argumentos são os mais válidos possíveis. Sim, é verdade que não estávamos juntos porque eu te tinha mandado embora e que tinhas de seguir com a tua vida. Mas não sou capaz.
Acabei por te voltar a pedir que saísses da minha vida. E ver-te sair pela porta outra vez fez-me sentir que o meu mundo tinha ficado mais triste e mais pequeno. Custou-me muito, mas sei que fiz a coisa certa. O teu lugar é ao lado do teu filho. Porque se fores mesmo o Pai daquela criança, como eu acredito que sejas, sei que nunca te irias perdoar por não acompanhar o seu desenvolvimento e o seu nascimento. Está a custar-me horrores. E custa-me mais ainda quando penso que esse filho deveria ser “o nosso filho”, e não o teu filho com outra mulher. Mas o destino resolveu que não seria assim.
E desta vez a vida tem mesmo de continuar. Digo-te, mais uma vez, “Adeus” na esperança de conseguir arrancar-te de mim. Mas está a ser tão difícil...”
Nota: Depois de duas semanas de interrupção, volto hoje a publicar a estória "Escolhas". A partir da próxima semana retomarei as publicações desta estória às terças.
“Precisamos de conversar, Marta.”, disseste tu quando chegámos cá a casa naquela noite, e a expressão do teu rosto mudou radicalmente. Gelei. Mas nunca imaginei o teor da conversa que se seguiria. “Senta-te, por favor.”, pediste-me com cuidado. Sentei-me a medo, não estava a perceber nada. Parece que ainda estou a ouvir as tuas palavras, repetidas vezes sem conta, como se tivessem ficado gravadas no disco rígido das minhas lembranças. O teu tom de voz mais grave e pausado do que era costume fizeram-me ficar presa ao sofá. Não me lembro muito bem das palavras que saíram da tua boca, mas o essencial, a realidade para a qual me empurraste, entranhou-se em mim e ficou tatuado na minha alma. Aconteceu tudo tão depressa.
Nunca havia tido coragem para te perguntar como tinha sido a tua vida durante o tempo que passou desde que te pedi para ir embora até ao dia em que voltamos a encontrar-nos. Sempre achei que não tinha esse direito. Mas se tivesse perguntado talvez me tivesse poupado a esta realidade que me assombra e que me devastou como se um punhal me trespassasse o peito. A verdade é que nunca fui, verdadeiramente, traída. Não estávamos juntos por culpa minha e a vida tinha de continuar. Ainda assim não consigo deixar de me sentir traída, magoada, destruída. Afinal a “amiga” do André não era “amiga” dele. Afinal o filho que ela vai ter é teu e não dele. Afinal a vida pregou-nos uma partida que nos levou para longe de nós, mais uma vez, pela última vez. Disseste-me que não tinhas a certeza se o filho dela era mesmo teu, ou não e que querias confirmar a paternidade assim que a criança nascesse. Disseste que era comigo que querias ficar para o resto da vida, e que se realmente o filho fosse teu íamos saber adaptar-nos a essa nova realidade. Mas tudo não passaram de meras palavras. Não fui, nem sou, capaz de lidar com isso. A verdade é só uma: vais ter um filho com outra mulher. Todas as verdades envolventes e que consubstanciam a realidade em que isso aconteceu são, para mim, secundárias. Estou a ser intransigente? Estou a ser inflexível? Sim, se calhar estou mesmo. Até porque os teus argumentos são os mais válidos possíveis. Sim, é verdade que não estávamos juntos porque eu te tinha mandado embora e que tinhas de seguir com a tua vida. Mas não sou capaz.
Acabei por te voltar a pedir que saísses da minha vida. E ver-te sair pela porta outra vez fez-me sentir que o meu mundo tinha ficado mais triste e mais pequeno. Custou-me muito, mas sei que fiz a coisa certa. O teu lugar é ao lado do teu filho. Porque se fores mesmo o Pai daquela criança, como eu acredito que sejas, sei que nunca te irias perdoar por não acompanhar o seu desenvolvimento e o seu nascimento. Está a custar-me horrores. E custa-me mais ainda quando penso que esse filho deveria ser “o nosso filho”, e não o teu filho com outra mulher. Mas o destino resolveu que não seria assim.
E desta vez a vida tem mesmo de continuar. Digo-te, mais uma vez, “Adeus” na esperança de conseguir arrancar-te de mim. Mas está a ser tão difícil...”
Nota: Depois de duas semanas de interrupção, volto hoje a publicar a estória "Escolhas". A partir da próxima semana retomarei as publicações desta estória às terças.
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