segunda-feira, dezembro 31, 2007

Feliz
Espero que entrem em 2008 da melhor forma que conseguirem e na companhia de pessoas de quem gostem muito!!! Eu vou fazer isso mesmo!!!
Encontro-me convosco por aqui já para o ano!!! ;-)
Até lá deixo-vos um Beijo Enorme!!!

quinta-feira, dezembro 20, 2007

A pessoa M. e a pessoa Z.

M. e Z. - “Não dá para almoçarmos amanhã.”, disseram os dois, quase em simultâneo.
Z. - “Podemos jantar, em vez de almoçar.”
M. – “Vou ser-te franca, não janto contigo porque preciso de descansar. A semana está a ser duríssima. Mas podemos combinar qualquer coisa no sábado. O que dizes?”.
Z. - “Pois, sábado não dá. Vou começar a organizar o meu jantar e a passagem de ano. Vai ser apertado. Vens trabalhar na quarta?”
M. - “Em princípio terei de vir. Mas ainda não é certo.”
Z. - “Eu trabalho quarta e sexta.”
M. - “Pois, no dia do aniversário não se trabalha, não é?”
Z. - “Se pudesse não trabalhava o resto da semana, mas tem de ser. Vêmo-nos para a semana?”
M. - “Se eu vier trabalhar na quarta podemos almoçar.”
Z. – “Não sei se dá, vou andar por fora da empresa, mas depois vejo isso.”
M. - “Mais que não seja sexta jantamos.”
Z. - “Sim, jantamos sexta. Sábado ligo-te.”
M. - “Está bem. Beijinhos”
Z. - “Beijinhos”

E desligaram os telefones... Que dizer disto???

terça-feira, dezembro 18, 2007

Acho que comecei, finalmente, a assentar os pés no chão. Até de manhã ontem ainda não acreditava. Parecia que era apenas um sonho e que ia acordar a qualquer momento, mas ontem, naquela sala, com aquelas pessoas que vão partilhar o próximo ano comigo, percebi que era real, que o meu sonho estava a tornar-se realidade.

O grupo é bastante heterogéneo, e eu, só para não variar, sou a mais nova. Já sou apelidada de “Benjamim” e de “Mascote” do grupo. Só não me pareceu bem a ideia de um dos “sénior” de me praxar, por ser a mais nova. Afinal, ali, somos todos “caloiros”.

Mas o melhor do dia estava para chegar perto da hora de almoço. Fiquei feliz. Não estava à espera de qualquer um dos convites, e a surpresa aqueceu-me a alma e aconchegou-me o coração. Pelo menos nas horas que se seguiram.

O pensamento era só um: “Vamos passar o fim do ano juntos.”!

Mas depois, a pouco e pouco, chegou o medo. Aquele que se sente perante o desconhecido. Aquele que se sente perante aquilo com que não se sabe lidar. Aquele que, acima de tudo, é originado por uma escolha feita muito tempo antes dos motivos deste medo terem surgido.

A verdade é só uma: tenho a cabeça feita num molho de brócolos. Já não sei o que pensar. Não sei o que sinto. O passado recente deixou marcas bem mais profundas do que eu pensava e, às vezes, quando acontecem coisas que não deviam acontecer, mesmo sabendo eu que todas elas são involuntárias e meras consequências da realidade envolvente, ainda dói. E eu ainda tenho muito medo…

segunda-feira, dezembro 10, 2007

"VIVER"

Agora que entrei em contagem decrescente, e que devia estar a dar pulos de alegria e felicidade, há qualquer coisa que me prende a chão.
Ainda assim, consegui levantar a cabeça e dizer "É isto que eu quero!". Tenho a certeza disso. Só que fico triste por tudo aquilo que vou perder...
Na vida há que fazer escolhas difíceis. A escolha do caminho não é difícil. O difícil será deixar para trás tudo o que já não poderá ser meu.
Escolher é muito complicado. Abdicar, ainda mais. Dizem que se chama "viver". E apesar de doer por dentro abdicar de determinadas coisas, eu escolho "VIVER"...

domingo, dezembro 02, 2007

O "Spazio", as palvras, e nós...

Três dias depois parei, finalmente, para pensar com calma naquele lanche.

Nunca antes havia partilhado “aquele” espaço, o meu, o nosso, "Spazio", “aquela” mesa, a mesa dos segredos, daquela forma. A escolha do local pareceu-me natural, a escolha da mesa também.

Olhou-me com ar meio desconfiado quando lhe pedi que me deixasse apenas ver uma coisa. Quando nos sentámos, disse-lhe que era a minha mesa preferida. Não lhe disse que era “a mesa dos segredos” (uma das duas), porque isso é segredo.

Falámos muito, como sempre. As palavras e os assuntos parecem não faltar.

Estava ansiosa pelo que já se sabe, e quando me perguntou como estava em relação a isso lhe escondi a minha ansiedade. Disse-me, com a mesma naturalidade de sempre, que era uma questão de dias, e que não tinha com o que me preocupar. Quis tanto acreditar… Ainda quero, mas só quando tudo estiver resolvido é que serei capaz de respirar fundo.

Percebi-o agitado e inquieto. “Desculpa, eu sei que estou um bocadinho acelerado.”, disse-me antes de mudar o tema de conversa para mim. E fartou-se de fazer perguntas.

Os scones estavam fabulosos, como sempre. O chá branco serviu para aquecer-nos o corpo, porque o frio que se fazia sentir lá fora era mais do que muito. E a conversa, essa teve um efeito que ainda estou a tentar perceber.

As minhas razões para ficar preocupada confirmaram-se entre o dia seguinte e ontem, mas hoje de manhã já me dizia que não me preocupasse, porque apesar de estar receoso também estava confiante. Não acreditei muito e, há pouco, quando escutei a sua voz ao telefone não sei se acreditei naquela segurança toda que me quis fazer crer que sentia. Tem receio. É normal. É o fechar de um círculo no qual investiu muito. E o medo de falhar é sinal da responsabilidade que carrega aos ombros.

Na noite do teatro, quando nos despedimos, achei que estas duas semanas iriam ser complicadas de passar. E, apesar da primeira ter sido mais fácil de levar do que a segunda, a verdade é que hoje, depois de desligarmos o telefone, percebi que a parte difícil vai começar depois de amanhã. E agora quem tem medo sou eu…

O que é que eu faço???