Este Lume, como disse muito bem o Rui Veloso, 'já não tem mais lenha por onde arder'. Como tal, é chegada a hora de dá-lo como extinto... Vou mudar de casa e de registo. Passarei a estar aqui!!!
É um facto público e notório, pelo menos para quem por aqui passa de vez em quando, que este blog tem andado assim a modos que fraquito em termos de produção. Não vou tecer considerações elaboradas sobre as causas de tal ausência de palavras. Digamos que a falta de tempo aliada à falta de vontade resultaram nisto. De qualquer forma, ainda gosto muito do meu bloguinho. Por isso, vou ali recarregar baterias, e espero acordar por lá a inspiração adormecida. Finalmente chegaram as férias. Três semaninhas de descanso bem merecidas e ansiadas. O destino??? Hummm... A Deus pertence!!!
Uma semana depois, ainda dói. “Há-de doer sempre, Atum.”, escrevi-lhe.
Partilhamos uma dor que não era nossa, para logo a seguir partilharmos uma dor ainda maior, que era sua, e que se tornou minha por vê-lo sofrer.
Naqueles dois meses perdeu-se tudo. A dor uniu-nos nos primeiros instantes para depois nos levar para longe de nós e assim nos conservar. “Hei-de estar sempre aqui para ti, Atuna”, disse-me com os olhos marejados de lágrimas. “E eu para ti, Atum.”. Era verdade. É verdade. E há-de ser sempre. Mas a nossa amizade de coisas más não nos deixa viver um com o outro.
Quando 2008 chegou ao fim, disse-me que estava desejoso que 2009 chegasse. “2008 foi um ano para esquecer”, disse-me diversas vezes. “Não digas disparates, 2008 há-de ter valido a pena pelo facto de nos termos conhecido”, dizia-lhe eu sempre em resposta. “É verdade, Atuna, só por isso já valeu a pena”. Naquela altura nem imaginávamos que 2009 iria ter um início tão trágico como teve. Num mês e meio a morte bateu à porta das nossas vidas duas vezes. Da primeira chorámos juntos, porque a nossa dor era igual, porque o destino nos havia mostrado a fragilidade daquilo que somos… Da segunda, dei-lhe o meu abraço, todo o meu afecto e algo que lhe pedi que guardasse para sempre. Chorei por ele, pela sua dor. Nunca pensei vê-lo daquela forma, tão frágil, tão pequenino, tão desprotegido. Doeu-me a sua dor.
Já passaram 6 meses desde então. A tempo voou. Segui o seu conselho, apesar de lhe ter dito que não o faria. “Tu és mesmo teimosa. Ai, Atuna, será que não percebes que eu só quero o melhor para ti???”, disse-me num tom arreliado quando lhe respondi que já tinha a minha decisão tomada. É claro que há duas semanas atrás, quando lhe contei a boa notícia, me respondeu de forma torta e atrevida “Depois eu nunca tenho razão e nunca sei nada, não é? Parabéns, tenho a certeza de que vais ser brilhante”. Sempre admirei nele a fé que sempre teve em mim. “És capaz de muito mais do que imaginas. Não podes é ser tão insegura. A nota foi mais do que merecida, e tu sabes disso. Da próxima vez não te aturo!!!”, disse-me quando saíram as notas mais esperadas da formação. Mas aturou mais vezes, quando as incertezas e a inseguranças bateram à porta dos meus medos.
Hoje, quando falo dele, de nós, digo que temos uma amizade de coisas más, porque é na dor e no sofrimento que mais nos unimos, que mais próximos ficamos. Fomos, somos e seremos sempre o lado errado da vida um do outro. Ainda assim, tenho saudades dele. E hoje senti-as mais quando ouvi a música que se segue. Pode não ter nada a ver com muita coisa, mas no fundo tem a ver com tudo…
1.º - Fui admitida ao Mestrado que tanto queria fazer;
2.º - Terminei o nivel 1 de Romeno e de Alemão;
3.º - Consegui resolver uma questão de trabalho que estava pendente há mais de um mês.
O cansaço que sinto neste momento é mais do que muito, mas o balanço é extremamente positivo. Como diria um amigo "esquece o cansaço, esta semana deste passos que vão ser muito importantes para o teu futuro".
P.S. - Se mais alguém me chama "Sra./Menina/Atuna/(ou afins) Mestranda", vamos ter chatices...
Dou-me conta que estou a ficar adulta a sério quando a minha melhor amiga me comunica que vai casar (o que era mais do que certo, só faltava a data), diz que já marcaram a data e o local, e remata convidando-me para madrinha.
Eu tinha razão!
Sempre disse que um dia haveria de ir ao casamento deles.
Nunca pensei que iria ser na qualidade de madrinha!
Uma coisa é certa, o destino irá cumprir-se!!!
E eu estou mesmo muito feliz!!!
quinta-feira, maio 14, 2009
E agora o que vou fazer com todo um mundo em comum???