Passaram-se, exactamente, dois anos e três meses desde que escrevi estas palavras. Recordo-me que naquela altura, como agora, já não me atrevia a ensaiar um poema há muito tempo. Antes dessa época, quando era ainda uma menina de 16 anos, escrevia poemas e mais poemas. Em boa verdade eram apenas alguns versos dispersos que, por vezes, rimavam uns com os outros. Sempre muito intensos e profundos. Hoje, à distancia dos anos que passaram desde que os escrevi, leio-os (guardo-os todos porque fazem parte de mim) e percebo a inocência e a ingenuidade perdida naquelas palavras, naquelas linhas às quais, com orgulho, chamava poemas.
Um breve encontro com o passado no sábado à noite, ou então a sensação de ter-me cruzado com esse mesmo passado, trouxe-me à memória as linhas que se seguem. As palavras que esse mesmo passado disse terem “perfume a passado”.
"Retalhos"
Um breve encontro com o passado no sábado à noite, ou então a sensação de ter-me cruzado com esse mesmo passado, trouxe-me à memória as linhas que se seguem. As palavras que esse mesmo passado disse terem “perfume a passado”.
"Retalhos"
"Recordações fragmentadas que me invadem a mente,
Me enchem a alma e iluminam o coração…
Tempos que passaram e deram lugar a um presente
Em que os meus olhos chovem de desilusão…
Vestígios de algo que nasceu em mim…
Algo que nunca consegui explicar…
E o que me ficou do que senti,
Lancei a custo nas ondas do Mar…
Perdida em memórias traiçoeiras
Que me fazem esmorecer a alegria,
Recordo as manhãs soalheiras
Em que ver-te me animava o dia…
Retalhos de um sonho que desejei real…
Pedaços de uma ilusão que me fez voar…
Motivos não encontro para tanto mal,
Que me ficou apenas por sonhar… "
(Ana)
Me enchem a alma e iluminam o coração…
Tempos que passaram e deram lugar a um presente
Em que os meus olhos chovem de desilusão…
Vestígios de algo que nasceu em mim…
Algo que nunca consegui explicar…
E o que me ficou do que senti,
Lancei a custo nas ondas do Mar…
Perdida em memórias traiçoeiras
Que me fazem esmorecer a alegria,
Recordo as manhãs soalheiras
Em que ver-te me animava o dia…
Retalhos de um sonho que desejei real…
Pedaços de uma ilusão que me fez voar…
Motivos não encontro para tanto mal,
Que me ficou apenas por sonhar… "
(Ana)
4 comentários:
O "perfume" costume ter sempre o mesmo odor, seja ele passado, presente ou futuro :o)
Alphynho - O passado tem sempre um perfume especial, porque à distancia do tempo que passou o que foi mau tende a parecer cada vez menos mau, e o bom acaba por se eternizar (parecendo, por vezes, melhor do que realmente foi)... Chama-se vida...
Beijinho,
Maria
Maria,
A isso chama-se sonhar. A vida, muitas vezes, é muito melhor do que o sonho :oD
Aliás, eu nunca deixo de perseguir um sonho... quando não há numa pastelaria, vou a outra :oD
Alphynho - Mas, por vezes, a vida consegue ser pior do que um pesadelo...
Eu deixei de conseguir ser capaz de perseguir o sonho... Pelo menos por agora... Quem sabe um dia não serei capaz de voltar a fazê-lo???
Beijinho,
Maria
Enviar um comentário