terça-feira, julho 31, 2007

De volta

Depois dos acontecimentos das últimas semanas começo, finalmente, a sentir-me, de novo, com os pés bem presos ao chão.

Os danos do acidente foram muito além do carro destruído e das dores que, consequentemente, senti.

Agora que o colar cervical já faz parte do passado recente, e que os medicamentos já deixaram, definitivamente, de fazer parte do meu quotidiano, é que percebo o verdadeiro impacto de tudo aquilo.

Sim, é verdade que foi muito incómodo andar com aquela coisa no pescoço. Sim, era quase impossível dormir, comer e, por vezes, até respirar. Mas só depois de tudo isso passar é que comecei a perceber o que poderia ter acontecido. Se o meu carro tivesse deslizado mais um metro nem quero voltar a imaginar o que poderia ter acontecido.

Se fechar os olhos ainda consigo ouvir o som do embate e dos vidros a partir.

Apanhei o susto da minha vida. E espero jamais voltar a ter um momento assim...

E a verdade é que perante o acidente, e tudo o que senti no seu seguimento, percebi que há coisas que se tornam tão insignificantes e marginais que nem sequer conseguimos perceber como é que algum dia as exacerbamos tanto.

quinta-feira, julho 19, 2007

As últimas duas semanas têm sido muito cansativas. O trabalho aumentou de uma forma alucinante, mas eu sabia que a mudança ia ser bastante intensa. Confesso que, no início, tinha receio, mas agora o mais importante é concentrar-me no meu trabalho e não pensar em mais nada...

Entretanto, gostava de deixar uma sugestão - não percam o episódio de hoje do
"Capítulos duma História Inacabada".
O Gu escreveu magistralmente bem.
Muitos Parabéns, meu Querido. Nunca pensei que fosses capaz de escrever tanto e tão pouco, ao mesmo tempo...

segunda-feira, julho 16, 2007

Como é que pude perder tanto tempo com alguém que mostrou valer tão pouco???
O que vale é que se há sentimentos que esperam por uma vaga, há pessoas que deixam um vaga de sentimentos que são vividos por alguém que realmente vale a pena...

quinta-feira, julho 12, 2007

"Tatuagens"

"Faço pinturas de guerra
Que eu não sei apagar
E pinto a lua da cor da terra
E o sol da cor do mar"

("Tatuagens",
Mafalda Veiga e Jorge Palma)
Por mais que eu tente, sei que há-de ser sempre assim...

quarta-feira, julho 04, 2007

Interrogaçãozita...

Será que os homens são mesmo curiosos (para dizer a verdade - uns grandes cuscos) por natureza, ou será que isso é apenas defeito profissional dos Advogados???
É que quando começam a fazer perguntas nunca mais se calam...
Mesmo que tenham acabado de conhecer a interrogada (sim, sim, sou eu)...
Vê-se de tudo, é o que eu vos digo...

terça-feira, julho 03, 2007

Hoje estou...

...cansada, com sono, e satisfeita.
A mudança foi pacífica, mas o ritmo é muito mais intenso.
Sem entrar em grandes euforias, e numa atitude prudente e cautelosa, posso dizer que para primeiro dia até nem foi mau.
Vamos a ver como corre daqui para a frente.
Esperemos que bem.

domingo, julho 01, 2007

"Tento saber"

Meu Querido,

Podia escrever-te mil e uma coisas daquelas que se dizem em situações destas. Sabes que não poderia fazê-lo. Ouvi-as vezes demais nos últimos tempos para agora assumi-las como minhas. Sei o que sentes. Mas acredita que um dia, quando menos esperares, a dor começará a acalmar.
Sei que os conselhos não se dão, mas pela amizade e pelo respeito que tenho a honra de partilhar contigo posso arriscar fazê-lo. A vida tem muito de bom para te dar, e não vale a pena sofreres assim por alguém que não te quer. Custa demais perceber e aceitar essa realidade, mas a partir do momento em que o fazemos tudo parece menos negro. Toma, meu querido, segura minha mão com força e guarda o meu abraço, aquele no qual podes refugiar-te sempre que te sentires um menino pequenino, como sentias ontem quando falamos. Porque as horas não são importantes, quando os amigos precisam de nós.
Porque há demasiadas palavras vãs que não merecem ser ditas, deixo-te apenas a música que retrata, exactamente, aquilo que estás a viver e a sentir. Aquilo que eu mesma já vivi e senti... Porque de relações complicadas e díficeis percebemos os dois...




(para ouvir é só clicar no play)
“Tento saber”

"Tento saber como é que vai ser, se posso viver sem ti
Tento fugir mas eu só penso, na hora em que estás aqui
Tu nunca vens e quando apareces, finges que não há nada
Deixas-me só sempre a pensar, que chegamos ao fim da estrada
Pode parecer que sou livre, mas eu estou preso a ti
Às vezes disfarço e não consigo
Mas eu só penso na hora em que estás aqui
Ligas para mim, eu vou até ai, depois dizes que não podes
Prometo que não te quero ver mais, até que tu não me largues
Não vejo ninguém vou por ai, deixo passar as horas
Chamo-te nomes grito contigo, e tu dizes que me adoras
Pode parecer que sou livre mas eu estou preso a ti
Às vezes disfarço e não consigo e eu só penso na hora em que estás aqui
Tento manter a calma às vezes, parece que não te ligo
Pode parecer até que te esqueço, mas só quero estar contigo
Tento dizer adeus e tu deixas, sempre uma porta aberta
Tento esconder e fujo para noite, acordo de uma directa
Pode parecer que sou livre, mas eu estou preso a ti
Às vezes disfarço e não consigo
Mas eu só penso na hora em que estás aqui "

(Nuno Guerreiro)